Foro de SP: Os desafios da Integração

XIX FSPPor Cecília Figueiredo – 02/08/13
Fortalecer o processo de integração para enfrentar o receituário neoliberal é a motivação expressa por unanimidade entre os e as participantes da mesa “Os desafios da Integração: projetos nacionais x estratégias de integração na América Latina e Caribe”, na sexta-feira, 2 de agosto, no III Seminário de Balanço dos Governos progressistas e de esquerda, promovido pela Fundação Perseu Abramo, Fundação Maurício Grabois, entre outras entidades e instituições, no Hotel Braston, em São Paulo.
Num auditório que reuniu deputados e deputadas, representantes de delegações partidárias e de movimentos sociais de países da América Latina e Caribe, a mesa coordenadora avaliou de forma positiva o saldo dos debates que indicaram a disposição de liderar um processo de integração. “Não se trata mais de sermos liderados. Estamos hoje em outra posição: a de liderar esse processo”, afirmou o presidente da Fundação Perseu Abramo, Márcio Pochmann. “Fomos o primeiro país a realizar uma revolução anti-escravista e conquistar a liberdade”, reforçou o representante do Haiti, Joseph Pier, ao enfatizar a necessidade de solidariedade e ação conjunta dos países do continente latino-americano e Caribe, a partir da soma de experiências.
XIX FSPO painel, coordenado por Adalberto Monteiro, presidente da Fundação Maurício Grabois, proporcionou a troca de experiências e os desafios futuros. Olga Lidia Tapia, do secretariado do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba, disse esperar que as discussões feitas na 19ª edição do Foro de São Paulo sejam implementadas. Já o deputado Rodrigo Cabezas, coordenador de Assuntos Internacionais do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), salientou a importância do Brasil para fortalecer a construção de uma política mais ampla e plural entre os vizinhos.
Ao traçar um breve paralelo do cenário que havia no mundo no período da Crise de 1929 – Grande Depressão -, na década de 1970, quando a economia dos países do Mercosul era basicamente agrária, Pochmann ressaltou que houve um reposicionamento bastante positivo da situação dos países do continente. “Não tenho dúvidas que hoje nossos países têm condições grandiosas de enfrentar as dificuldades, sem precisar se submeter ao receituário neoliberal, mas por meio da consagração de um projeto de integração”, acrescentou o economista.
Paralelamente aos seminários, a programação do Foro de São Paulo, nos hotéis Braston e Jaraguá, ocorreram debates sobre feminismo, igualdade racial, juventude e movimentos sociais, além de oficinas sobre comunicação, cultura e justiça, no sentido de tecer estratégias de integração com representantes de 91 organizações de 39 países que participam do encontro.
Fonte: Fundação Perseu Abramo