Comunicado sobre la situación en Bolivia | Comunicado sobre a situação na Bolívia

En español abajo

Desde o golpe contra o presidente eleito Evo Morales, a Bolívia vive casos de perseguições políticas e ameaças à integridade física de dirigentes do MAS-IPSP e ex-membros do governo.

Alguns companheiros e companheiras buscaram refúgio na Embaixada do México, conseguindo inclusive a concessão de asilo político por parte deste país irmão.

As autoridades bolivianas se negam a dar o salvo-conduto para que estas pessoas possam deixar o país, contrariando abertamente as regras da Convenção de Genebra sobre o tema, alegando que foram expedidos mandados de prisão contra eles, estes outorgados após a concessão do asilo. Entre elas estão: Juan Ramón Quintana, ex-ministro da Presidência; Wilma Alanoca, ex-ministra de Culturas; Víctor Hugo Vásquez, ex-governador; e Nicolás Laguna, ex-diretor da Agência de Governo Eletrônico e Tecnologias da Informação e Comunicação.

Um segundo grupo está integrado por companheiros contra quem não se livrou, todavia, nenhum mandado de prisão, mas que igualmente sofrem perseguição do governo golpista. São eles: Cesar Navarro, ex-ministro de Minas; Javier Zavaleta, ex-ministro da Defesa; Héctor Arce, ex-ministro da Justiça; Hugo Moldiz, ex-ministro de governo em 2015; e Pedro Damían Dorado, ex-vice-ministro de Desenvolvimento Rural e Agropecuário.

As regras da Convenção são claras: um governo não pode impedir o livre trânsito a quem foi concedido legalmente asilo político, devendo, ao contrário, garantir sua locomoção da Embaixada até a fronteira de seu país.

A respeito desta lei internacional, as e os companheiros bolivianos que estão na Embaixada têm direito a sair do país, por qualquer meio, até o México, e o governo deve outorgar-lhes o salvo-conduto e garantir sua integridade física.

Obedecendo a este ditame, expressamos nosso mais profundo rechaço a essa atitude do governo golpista da Bolívia e chamamos a todos os partidos membros do Foro de São Paulo a se manifestarem contra essa arbitrariedade.

Ademais, sugerimos que convoquem seus parlamentares a se manifestarem pelo respeito ao ordenamento internacional, inclusive junto às embaixadas bolivianas em seus respectivos países.

Não podemos permitir que nossa região volte a ser manchada pelo autoritarismo e a falta de respeito com os Direitos Humanos.

Seguiremos junto com Evo Morales e o povo boliviano.

Monica Valente
Secretária Executiva
Foro de São Paulo

São Paulo, 6 de dezembro de 2019

______________________________________________________________________________

Desde el golpe contra el presidente electo Evo Morales, Bolivia vive casos de persecuciones políticas y amenazas a la integridad física de dirigentes del MAS-IPSP y ex miembros del gobierno.

Algunos compañeros y compañeras buscaron refugio en la Embajada de México, logrando inclusive la concesión de asilo político por parte de este hermano país.

Las autoridades bolivianas se niegan a dar el salvoconducto para que estas personas puedan dejar el país, contrariando abiertamente las reglas de la Convención de Ginebra sobre el tema, alegando que fueron expedidos mandamientos de aprehensión en su contra, de hecho otorgados después de la concesión de asilo. Entre estos se encuentran: Juan Ramón Quintana, ex ministro de la Presidencia; Wilma Alanoca, ex ministra de Culturas; Víctor Hugo Vásquez, ex gobernador; y Nicolás Laguna, ex director de la Agencia de gobierno Electrónico y Tecnologías de Información y Comunicación.

Un segundo grupo está integrado por compañeros contra quienes no se ha librado todavía ningún mandamiento de aprehensión, pero que igual sufren la persecución del gobierno golpista. Estos son: Cesar Navarro, ex ministro de Minería; Javier Zavaleta, ex ministro de Defensa; Héctor Arce, ex ministro de justicia; Hugo Moldiz, ex ministro de gobierno en 2015; y Pedro Damían Dorado, ex viceministro de Desarrollo Rural y Agropecuario.
Las reglas de la Convención son claras: un gobierno no puede impedir el libre tránsito a quien se ha concedido legalmente asilo político, debiendo al contrario garantizar su locomoción desde la Embajada hacia la frontera de su país.

En respeto a esa ley internacional, las y los compañeros bolivianos que están en la Embajada tienen derecho a salir del país, por cualquier medio, hacia México, y el gobierno debe otorgarles el salvoconducto y garantizar su integridad física.

Obedeciendo a este dictamen, expresamos nuestro profundo rechazo a esa actitud del gobierno golpista de Bolivia y llamamos a todos los partidos miembros del Foro de Sao Paulo a que se manifiesten contra esa arbitrariedad.

Además, sugerimos que convoquen sus asambleístas a manifestarse por el respeto a la orden internacional, inclusive junto a las embajadas bolivianas en sus respectivos países.

No podemos permitir que nuestra región vuelva a ser manchada por el autoritarismo y la falta de respeto con los Derechos Humanos.

Seguiremos juntos con Evo Morales y el pueblo boliviano.

Monica Valente
Secretaria Ejecutiva
Foro de São Paulo

São Paulo, 6 de diciembre de 2019.