A institucionalização e a hegemonia reformista no Foro de São Paulo

pcdobO Foro de São Paulo, do qual o PCB é membro fundador, a cada ano aprofunda seu processo de institucionalização e de perda de identidade.
A posse de Lula em 2002, foi o momento de inflexão. Já descaracterizado e degenerado ideologicamente, o PT hegemoniza de forma incontestável o Foro de São Paulo e o coloca a serviço do projeto de desenvolvimento do capitalismo brasileiro, com o objetivo estratégico de uma integração latino-americana sob hegemonia brasileira, para fazer do país uma potência mundial.
O Foro de São Paulo transformou-se em correia de transmissão do capitalismo brasileiro que, valendo-se da morte de Chávez, aparelha e expande o MERCOSUL (uma integração de mercados), para ocupar mais espaços e engolir e enterrar a ALBA, a integração soberana, solidária e complementar de Nossa América.
Tentando afirmar o Foro como braço regional do neodesenvolvimentismo brasileiro, o PT passa a privilegiar os processos eleitorais em detrimento das lutas de massas, procurando em cada país contribuir política e materialmente para a eleição de governos alinhados com a hegemonia brasileira. Isto significou a descaracterização do Foro de São Paulo, nascido como uma articulação antiimperialista com caráter anticapitalista.
Nessa guinada, gradativamente foi sendo anulado o protagonismo de organizações revolucionárias e privilegiou-se uma ampliação quantitativa, heterogênea, policlassista, com ênfase em partidos socialdemocratas e social-liberais, chegando ao ponto de o Foro ser integrado hoje por partidos antagônicos e adversários em seus países. O papel principal passou a ser dos partidos que participam de governos e os que podem se tornar governo, o que significa garantia de contratos para empresas brasileiras.
Uma vez tendo se fortalecido na América Latina, o Foro de São Paulo agora tem o objetivo de se internacionalizar como uma alternativa mundial reformista, inclusive em contraposição ao movimento comunista internacional.
Apesar dessa análise, o PCB está presente neste evento, para lutar contra a hegemonia reformista, dialogando com as forças políticas com as quais temos afinidades, contribuindo modestamente para uma necessária articulação revolucionária latino-americana. A nosso juízo, os reformistas, mais do que nunca, são grandes inimigos da revolução socialista, pois iludem os trabalhadores e os desmobilizam, facilitando o trabalho do capital.
Documento do Comitê Central do PCB ao Fórum de São Paulo

_______________________________________________
La institucionalidad (institucionalización) y hegemonía reformista en el Foro de São Paulo

El Foro de São Paulo del cual el PCB es miembro fundador, cada año profundiza su proceso de institucionalización y pérdida de identidad.
La posesión de Lula en 2002, fue el momento de inflexión. Ya descaracterizado y degenerado ideológicamente, el PT hegemoniza de forma innegable el Foro de São Paulo y se pone al servicio del proyecto de desarrollo del capitalismo brasilero, con el objetivo estratégico de una integración Latinoamericana bajo la hegemonía brasilera, para hacer del país una potencia mundial.
El Foro de São Paulo se transformó en canal de transmisión del capitalismo brasileño que, valiéndose de la muerte de Chávez, instrumentaliza y expande el MERCOSUR (una integración de mercados), para ocupar más espacios y así apoderarse y enterrar el ALBA, la integración soberana, solidaria y complementaria de nuestra América.
Intentando afirmar al Foro como brazo regional del neodesarrollismo brasilero, el PT pasa a privilegiar los procesos electorales en detrimento de las luchas de masas, procurando en cada país contribuir política y materialmente para las elecciones de gobiernos alineados con la hegemonía brasileña. Esto significó la descaracterización del Foro de São Paulo, nacido como una articulación antiimperialista con carácter anticapitalista.
En este desvío, gradualmente fue anulado el protagonismo de organizaciones revolucionarias y se privilegió una ampliación cuantitativa, heterogénea, policlasista, con énfasis en partidos socialdemócratas e social-liberales, llegando al punto del Foro ser integrado por partidos antagónicos y adversarios en sus respectivos países.
El papel principal pasó a ser de los partidos que participan de gobiernos y los que pueden tener posibilidades de ser gobierno, lo que significa garantía de contratos para empresas brasileñas.
Una vez fortalecido en América Latina, el Foro de São Paulo ahora tiene el objetivo de internacionalizarse como una alternativa mundial reformista, inclusive en contraposición al movimiento comunista internacionalista.
A pesar de este análisis, el PCB está presente en este evento, para luchar contra la hegemonía reformista, dialogando con las fuerzas políticas con las cuales tenemos afinidad, contribuyendo modestamente para una necesaria articulación revolucionaria Latinoamericana. A nuestro juicio los reformistas, hoy más que nunca, son grandes enemigos de la revolución socialista, pues engañan a los trabajadores y los desmovilizan, facilitando con esto el trabajo del capital